Os bifosfonatos são muito utilizados no tratamento da osteoporose e também de outras doenças relacionadas com os ossos.
Ainda assim, estes medicamentos parecem estar muito associados ao desenvolvimento de uma patologia chamada de Osteoecrose dos Maxilares, que pode ter implicações negativas nos tratamentos dentários.
Mas será que isto é mesmo verdade?
Neste artigo, saiba que riscos e implicações os bifosfonatos podem ter para a sua saúde e perceba se é seguro tomá-los durante os tratamentos dentários.
Fique por dentro de tudo.
Bifosfonatos: O que são?
Os bifosfonatos são uma classe de medicamentos corticóides, muito utilizados como primeira linha de tratamento da osteoporose.
Além disso, também se prescrevem com frequência para tratar a doença de Paget ou hipercalemia.
Estes medicamentos retardam a perda óssea, reduzindo o risco de fraturas do quadril e também da coluna vertebral.
Estes corticóides são prescritos por 3 a 5 anos, uma vez que a renovação óssea é um processo demorado, sendo os só se observam resultados muitos meses após o início do tratamento.
Por isso mesmo, cabe ao médico decidir se deve começar ou continuar a tomá-los, percebendo, em primeiro lugar, se existem fatores de risco associados.
Isto porque são vários estudos que indicam que existe uma associação entre uso de bifosfonatos e o aparecimento de Osteonecrose dos Maxilares, também conhecida por ONM.
Este distúrbio provoca dor na mandíbula e no maxilar e caracteriza-se pela exposição de osso necrótico. A ONM pode-se desenvolver de forma espontânea ou aparecer devido a trauma na zona dos maxilares.
Contudo, quando este medicamento se administra via oral apresenta baixo risco de problemas nos maxilares.
Exemplos dos nomes comerciais
Estes são alguns dos exemplos dos bifosfonatos mais comuns:
- Alendronate (Fosamax)
- Risedronate (Actonel)
- Ibandronate (Boniva)
- Zoledronic Acid (Reclast)
- Pamidronate (Aredia)
- Etidronate (Didronel)
Qual é o mecanismo de ação deste medicamento?
O papel dos bifosfonatos é o de diminuir a velocidade das células que degradam os ossos – que têm o nome de osteoclastos.
No fundo, estes corticóides retardam a perda óssea, fazendo com que as células de construção óssea (osteoblastos) “trabalhem” de forma mais eficiente.
Desta forma, podem ser muito importantes para fortalecer os ossos e evitar que estes vão ficando mais fracos.
Bifosfonatos e Medicina Dentária
Os bifosfonatos alteram de forma irreversível o metabolismo dos osteoclastos, contribuindo para que exista pouca ou nenhuma reabsorção óssea. Por isso, podem ter influência no resultado dos tratamentos dentários mais invasivos, como extração de dentes e implantes.
Assim sendo, caso tome bifosfonatos, é fundamental que informe o Médico Dentista sobre isso, para que se tomem as melhores medidas, tendo sempre em conta a sua saúde.
Por exemplo, existe sempre a possibilidade do profissional de saúde recomendar a interrupção dos bifosfonatos orais, três meses antes e três meses após a o procedimento cirúrgico, para que os riscos sejam reduzidos.
Riscos e perigos
Como já foi dito, a utilização de bisfosfonatos pode ter algumas consequências negativas. O aparecimento da Osteonecrose dos Maxilares é o problema que levanta maiores preocupações, embora seja algo que aconteça com pouca frequência.
Efeitos colaterais
Os efeitos colaterais mais comuns dos bifosfonatos são a dor no estômago e a inflamação e erosão da superfície do esófago.
Bifosfonatos e Implantes dentários
A possibilidade de colocar implantes dentários em pacientes que utilizam bifosfonatos ainda é um assunto que gera bastante controvérsia.
Ainda assim, é correto afirmar que a taxa de sucesso é bastante alta. Nesse sentido, o que se recomenda é que se analise cada caso de forma individualizada.
O ideal é que se faça uma avaliação e um diagnóstico bastante cuidado por parte do Médico Dentista, porque existe sempre o risco dos pacientes desenvolverem ONM, que pode ter várias consequências, como a perda do implante.
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Conclusão
Neste artigo teve a oportunidade de perceber para que os bifosfonatos são usados e quais são os riscos que podem ter para a saúde.
Se toma esta classe de medicamentos, e quer fazer um tratamento dentário mais invasivo, fale com o Médico Dentista e perceba se é possível que este seja realizado.
Se gostaria de tirar as suas dúvidas, entre em contacto. Teremos todo o gosto em falar consigo e de analisar o seu caso.