A perda de dentes é um problema que continua a afetar milhares de portugueses. Durante muitos anos, esse infortúnio só poderia ser minimizado com o recurso a dentaduras e pontes. Mas saiba que isso é coisa do passado. Hoje em dia, o implante dentário é o tratamento mais seguro e eficaz para quem quer recuperar e transformar o sorriso.
Estes dispositivos substituem a raiz do dente e fornecem uma base segura para colocar dentes artificiais que são em tudo semelhantes aos dentes reais. Se quer tirar todas as suas dúvidas sobre este assunto, então este artigo vai ajudar.
Perceba como é que os implantes funcionam, que tipos existem e que vantagens e desvantagens apresentam.
Vamos a isso?
O que é o implante dentário?
Os implantes são dispositivos, por norma construídos em titânio, que se colocam no osso da mandíbula e que se fundem com o osso.
A cirurgia consiste na troca das raízes dos dentes por postes metálicos – que têm a forma de um parafuso.
Estes postes têm como objetivo substituir dentes danificados ou ausentes por dentes artificiais, que se assemelham e funcionam tal e qual os reais.
Esta solução surge como uma excelente alternativa às dentaduras ou pontes, que, por vezes, não se adaptam da melhor forma à boca.
Além disso, são também uma boa opção para aquelas pessoas que têm falta de raízes de dentes naturais e que, por isso, não são aptas para resolver a falta de dentes com dentaduras ou pontes.
A cirurgia dos implantes pode envolver uma série de procedimentos e está sempre dependente de 2 fatores: o tipo de implante e a condição do osso maxilar do paciente.
A grande mais-valia desta solução é que permite criar um suporte sólido para os novos dentes.
Ainda assim, este é um processo que exige tempo. Alguns meses, na maior parte dos casos. Tudo porque é necessário que o osso cicatrize ao redor do implante e isso não acontece de um dia para o outro.
Que tipos de implantes dentários existem?
Os 3 tipos de implantes mais comuns são o endosteal, o subperiosteal e o zigomático.
Implante endosteal: este tipo de implante é inserido no maxilar por baixo da gengiva, sendo esta a técnica mais frequente. Normalmente, os dispositivos metálicos têm a forma de pequenos parafusos e são feitos em titânio.
Implante subperiosteal: este implante é inserido na gengiva sob o maxilar. Esta técnica é, por norma, uma boa opção para os pacientes que não apresentam um maxilar saudável e tenham falta de osso – e não se querem submeter a procedimentos de reconstrução óssea.
Implante zigomático: esta solução “ganhou” este nome uma vez que estes dispositivos são implantados precisamente no osso… zigomático (osso da maçã do rosto). Este é procedimento surge como uma alternativa para aqueles pacientes que não reúnem as condições para terem implantes normais. Isso pode acontecer, por exemplo, em pessoas que perderam os dentes há muitos anos.
Na realidade, a escolha do implante vai depender de vários fatores. Em primeiro lugar, é preciso olhar-se para o histórico de saúde do paciente para, de seguida, se analisar a estrutura óssea do rosto e também a posição do dente (ou dentes perdidos).
O que é o All-on-4?
O All-on-4 é um procedimento que cria uma prótese definitiva a partir de 4 implantes dentários. No fundo, funciona como um conjunto de implantes que têm o papel de trocar todos os dentes superiores e inferiores. Para isso, cada implante contém uma espécie de parafuso em titânio, que se insere na gengiva. Esta é uma alternativa muito válida (mais permanente e com uma aparência mais natural) às dentaduras.
E o que é o All-on-6?
O All-on-6 segue a mesma linha de atuação do all-on-4. Ou seja, a diferença entre os dois procedimentos está no número de implantes colocados. Tal como o nome indicia, o All-on-6 utiliza 6 implantes e o All-on-4 apenas 4.
Estes dois tratamentos são muito semelhantes e, por norma, têm os mesmos objetivos. Ainda assim, grande parte dos dentistas defendem que o all-on-6 proporciona uma base mais sólida para a arcada dentária e, por isso mesmo, oferece um sorriso mais duradouro e também mais confortável.
O implante dentário é feito de que material?
Já que se colocam no osso, os implantes têm que ser construídos em biomaterial – um material sintético 100% compatível com o organismo, ou seja, que não provoca qualquer tipo de reação ou efeito nocivo.
Os implantes dentários têm que apresentar uma elevada taxa de resistência e, por isso, os materiais mais utilizados são os metais e as ligas metálicas. Geralmente, são feitos em titânio, mas também podem ser construídos em zircórnia e até em cerâmica.
Titânio
O titânio é um material leve e bastante resistente. Além do mais, é moldável e adapta-se muito bem aos tecidos, ao osso e à gengiva. Por todos estes motivos, já foi aplicado em milhões de pessoas em todo o mundo e com grande sucesso.
Zircórnia
A zircórnia é um material cerâmico muito resistente. Tal como com o titânio, integra-se muito bem com o osso e com a gengiva. A acrescentar a isso, é quase à prova de corrosão. Ainda assim, nos tempos que correm, os implantes feitos neste tipo de material ainda não são muito utilizados.
Cerâmica
Mais recentemente, começaram-se a produzir implantes em cerâmica pura. Este material permite resultados estéticos muito naturais, além de que a sua biocompatibilidade e osteointegração é muito semelhante à dos implantes feitos em titânio.
Como funciona o processo?
Para se colocar o implante dentário, o implantologista realiza uma intervenção cirúrgica com recurso à anestesia local e, desta forma, o processo de colocação não apresenta qualquer tipo de dor.
O procedimento, que vai desde a cirurgia à colocação da coroa, varia mediante o tipo de caso. Ainda assim, por norma, acontece da seguinte maneira:
- Por vezes, é necessário extrair dentes danificados ou ainda realizar-se um enxerto ósseo (preparação da mandíbula) ou elevação do seio.
- Colocação do implante dentário: o pino metálico é inserido no osso do maxilar, por baixo da gengiva. Para isso, o Médico Dentista realiza uma pequena incisão e define-se um espaço de poucos milímetros no osso.
- Tapa-se e protege-se o implante: quando o implante dentário está acomodado no osso do maxilar, coloca-se uma tampa como forma de proteção.
- Sutura: a região é fechada com fio de sutura, aumentando o isolamento do implante.
Depois disso, é preciso esperar que exista uma ósseo-integração do implante. Este é um processo, de extrema importância, que demora geralmente 3 meses até ficar concluído (ainda que esse período seja variável conforme o tipo de caso). Durante esse tempo, o paciente pode usar uma prótese provisória.
Através da animação seguinte, conheça todos os passos da cirurgia:
Restauração protética final
Depois da colocação do implante e do período de repouso, o implantologista expõe, de novo, “o parafuso”, retira a tampa do implante e coloca o pilar de cicatrização – que ajuda a “curar” a gengiva.
Colocação do dente – Coroa Definitiva
A última fase do processo prende-se com a colocação da coroa definitiva no implante (é aparafusada e cimentada).
A coroa dentária é produzida em laboratório e é feita à medida de cada paciente. Antes disso, são realizados exames intra e/ou extraorais.
O que é o Enxerto Ósseo?
O enxerto ósseo é realizado para oferecer uma maior sustentação para o implante dentário. É, muitas vezes, aconselhado nos pacientes que apresentem uma débil espessura e condições ósseas.
Por exemplo, através desse procedimento, torna-se possível que uma pessoa com uma perda óssea considerável consiga usar implantes modernos, que garantem um sorriso bonito, natural e saudável.
Pode ser usado um enxerto de outra parte do corpo ou utilizados materiais sintéticos, sendo que o processo de adaptação pode demorar alguns meses.
Quem pode colocar o implante dentário?
Praticamente todas as pessoas. Por exemplo, não existe idade limite para a colocação dos implantes. O essencial é que se tenha uma boca saudável, livre de cáries e doenças gengivais.
As únicas excepções que existem são as seguintes:
- Grávidas;
- Crianças;
- Jovens cujos dentes ainda não estejam totalmente desenvolvidos;
- Pessoas com diabetes não controlada ou doenças sistémicas graves;
- Pacientes com cancro ou em tratamento de radioterapia ou quimioterapia;
- Dependentes de químicos.
Além disso, a colocação pode não estar indicada, por exemplo, em pacientes que façam utilização de bifosfonatos – uma classe de medicamentos que podem ser prescritos a quem sofre de osteoporose.
Ainda assim, cada caso deve ser avaliado de forma independente, e a melhor forma de saber se pode colocar implantes dentários é marcando uma consulta no Médico Dentista.
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É um procedimento doloroso?
A cirurgia não é dolorosa, uma vez que é realizada, tal como já foi dito, com recurso à anestesia local. No entanto, é perfeitamente normal existir um pouco de dor e desconforto nos primeiros dias após o procedimento.
Por norma, o Médico Dentista prescreve analgésicos para ajudar o paciente a lidar com isso. Além do mais, é comum notar-se inchaço, hematomas, inflamação e, por vezes, sangramento, durante as primeiras 24-48 horas.
Qual a diferença entre Implantes e Próteses dentárias?
A grande diferença entre o implante e a prótese é que o implante não substitui apenas a parte visível do dente, mas também a sua raiz.
Vantagens e desvantagens do implante dentário
A maior vantagem dos implantes é que permitem substituir um ou mais dentes de forma permanente. Por norma, o resultado final é confortável, natural e real.
Por isso mesmo, são a solução ideal para devolver sorrisos, elevar a auto-estima e proporcionar uma melhor saúde bucal.
Além de melhorarem (e muito) a estética do sorriso, os pacientes podem voltar a comer tudo aquilo que mais gostam, sem limitações nem dores.
Agora saiba quais são as desvantagens dos implantes dentários:
- É necessário um longo período de cicatrização;
- É um tratamento dispendioso;
- Falha mecânica dos componentes dos implantes dentários: estima-se que a aconteça a 5% dos pacientes.
O implante dentário dura quanto tempo?
O parafuso do implante dentário pode durar a vida toda. No entanto, para que isso aconteça, é fundamental que se faça uma higiene oral cuidada, através da escovagem e do uso regular de fio dentário. Além disso, os check-ups dentário nunca devem ficar esquecidos. O ideal é se realizem 6 em 6 meses.
Já da coroa não se pode dizer o mesmo. Geralmente, a durabilidade é de 10 a 15 anos e esta deve ser substituída após esse período.
Quais são os cuidados de manutenção necessários?
Os cuidados que se têm que ser com os implantes são em tudo semelhantes aos cuidados que se têm que ter com os dentes naturais.
Assim sendo, deve-se escovar todos os lados do implante 2 a 3 vezes por dia, sobretudo após as refeições.
O que se deve ter em conta no pós-operatório?
Após a cirurgia, os pacientes precisam de seguir as indicações de limpeza deixadas pelo Médico Dentista. Além disso, é muito importante que se evitem esforços físicos durante alguns dias. Se for o caso, também se deve parar de fumar por um período mínimo de duas semanas.
Implante dentário – Antes e Depois
Estes são alguns dos nossos casos de sucesso. Os sorrisos dizem mesmo tudo. Marque uma consulta e, tal como estes pacientes, transforme a sua vida.
Existem riscos e possíveis complicações?
A colocação de implantes dentários não está isenta de riscos. As complicações são raras, mas podem acontecer. De todas, as mais comuns são:
- Infeção ao redor do implante;
- Lesões ou danos noutros dentes ou vasos sanguíneos;
- Distúrbios nos seios da face: pode acontecer quando os implantes são colocados na arcada dentária superior e se projetam numa das cavidades nasais;
- Lesão nos nervos: pode causar dor, dormência ou formigueiro nos dentes, lábios, gengivas e até no queixo.
Existe rejeição?
Sim, pode existir rejeição. Quando isso acontece, os sinais mais frequentes são:
- Dor no local;
- Inchaço;
- Calafrios;
- Febre.
Se colocou um implante e está a sentir algum destes sintomas, é muito importante que consulte um Médico Dentista para que a sua situação seja avaliada.
Quanto custa um implante dentário?
O preço de um implante dentário varia conforme diversas circunstâncias, tal como o material utilizado e a clínica onde a cirurgia é feita.
Em Portugal colocar um implante dentário (1 dente) custa entre os 500 e os 1000 euros. Ainda assim, o preço médio por dente tende a ser menor quanto mais dentes se colocarem na boca por intervenção.
Mas cada caso é um caso.
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Conclusão
Os implantes dentários são uma escolha segura e definitiva para quem pretende recuperar o sorriso e, por isso, qualidade de vida.
Estes dispositivos, que são uma espécie de parafusos, servem para substituir um ou mais dentes de forma fixa.
Garantem, sobretudo, conforto e resultados estéticos e funcionais de excelência.
Depois do que leu, ainda ficou com dúvidas se esta é a melhor opção para si?
Então entre em contacto connosco, que nós respondemos a todas as suas questões.